O procedimento executivo inicia-se com a realização da perfuração através da introdução de tubos de revestimentos dotados de uma ferramenta de corte na sua extremidade inferior (Sapata). Concomitantemente a rotação do revestimento, procedemos com a injeção de um fluído (água, ar, lama ou polímero), que retorna para a superfície pelo espaço anelar deixado entre o revestimento e o maciço. Caso a geologia seja estável, garantindo que as paredes da perfuração não colapsem, podemos substituir os revestimentos por brocas especiais de perfuração, aumentando a velocidade de execução.
Concluída a perfuração instalamos o tirante, o qual deve estar previamente montado, e procedemos com a injeção da calda de cimento para preenchimento da perfuração. Esta procedimento é denominado injeção da bainha. Em algumas situações, podemos primeiro executar a injeção da bainha e, posteriormente, instalar o tirante na perfuração.
Após a pega da calda de cimento injetado para a execução da bainha, procedemos com a injeção do trecho ancorado através de válvulas distanciadas a cada 50 cm ao longo de todo seu comprimento. Estas válvulas, também denominadas “manchetes”, permitem o fluxo de calda de cimento em apenas um sentido, possibilitando que o material injetado fique confinado num ponto específico do trecho ancorado, garantindo a execução de bulbos que incrementarão a resistência a tração do tirante, possibilitando sua perfeita ancoragem no terreno.
Extremamente importante salientar que as pressões e volumes de injeções devem ser rigorosamente controlados de forma a não interferir em construções próximas ou propriedade de terceiros.
Após certo tempo mínimo de cura, que deverá ser coerente com tipo de cimento, procedemos com os testes (ou ensaios) em cada um dos tirantes conforme procedimentos prescritos nas Normas Técnicas Brasileiras, especificação NBR5629 / 2006. Obviamente existem inúmeras variantes executivas para a execução dos tirantes protendidos, as quais devem ser compatibilizadas com a geologia, requisitos de projeto, normas técnicas, disponibilidade de equipamentos e exigências do contratante, devendo estas serem seguidas na integra.